O aumento do PIS/Cofins sobre a importação de bens e serviços, estabelecido por medida provisória publicada na última sexta (30), surpreendeu a indústria farmacêutica, que não esperava ser incluída na alteração.
A alíquota de contribuição para o PIS passou de 2,1% para 2,76% e a da Cofins, de 9,9% para 13,03%. Os novos valores valem a partir de primeiro de maio.
As fabricantes de medicamentos, no entanto, são isentas do pagamento desses tributos graças a um decreto.
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Nelson Mussolini, presidente da entidade |
"A isenção foi determinada em 2008, mas a presidente Dilma pode revogar esse decreto a hora que quiser", afirma o presidente do Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo), Nelson Mussolini.
"Fazemos uma dedução lógica: não teria nenhum motivo para mexer nas alíquotas se não houvesse intenção de derrubar o decreto."
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Segundo cálculos do executivo, as novas alíquotas atingirão cerca de 35% do mercado, o que corresponde a R$ 23,8 bilhões.
"Outros setores já anunciaram que vão elevar o preço de seus produtos para compensar a alta dos impostos, mas nós não podemos porque os medicamentos têm preços controlados", diz Mussolini.
"A margem dos fabricantes vai cair. Não haverá saída: ou os descontos no valor dos produtos ou os investimentos vão diminuir."
A alta do PIS/Cofins sobre importações faz parte da série de aumentos de tributos anunciada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para elevar a arrecadação do governo neste ano.
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Indústria nacional de equipamentos de saúde amplia fatia de mercado
Após dois anos seguidos de quedas, a parcela de produtos nacionais no consumo de equipamentos para a saúde voltou a crescer em 2014, segundo estudo da Abimo (associação da indústria do setor), em parceria com a FGV.
De um mercado total de R$ 21,38 bilhões no ano passado, 36,2% dos aparelhos médicos, hospitalares e odontológicos vendidos foram produzidos dentro do país.
Em 2013, a fatia da indústria local havia ficado em 34,8% dos R$ 19,9 bilhões.
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Um dos motivos para o crescimento foi a redução de cerca de 8% nas importações no ano passado ante 2013.
"O dólar mais alto no fim de 2014 contribuiu [para segurar parte das importações]", diz Paulo Fraccaro, superintendente da entidade.
Com a manutenção do câmbio no patamar atual, além da regulamentação da lei que deu isonomia de PIS/Cofins aos produtos brasileiros em relação aos importados, a indústria nacional deverá ganhar mais espaço neste ano, segundo o executivo.
O setor fechou 2014 com um crescimento de 11% no faturamento, um pouco acima da projeção de 10% que havia sido feita pela associação no fim do ano passado.
O nível de emprego no segmento avançou 2,3% no mesmo período.
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Com aporte de R$ 30 mi, Scania terá centro de testes em SP
A Scania investirá cerca de R$ 30 milhões para instalar um laboratório de testes de motores em sua fábrica no Brasil, em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo.
O centro será semelhante ao que a montadora tem hoje em sua matriz, na Suécia.
Na estrutura, serão realizados exames de certificação de componentes e testes de longa duração, com o objetivo de desenvolver novos projetos no país.
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Serão pesquisadas tecnologias de combustíveis, emissão e sistemas de tratamento de gases, além de durabilidade de peças e equipamentos.
A implantação do laboratório será iniciada no primeiro semestre deste ano, com a entrega do local prevista para o segundo semestre.
Em formato de contêiner (com estrutura metálica), o centro ocupará uma área de 400 metros quadrados.
A fábrica da Scania em São Bernardo do Campo tem hoje cerca de 3.300 funcionários. Não há previsão de contratações para o laboratório, segundo a montadora.
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Sem suvenir
O volume gasto por turistas russos em compras isentas de impostos no exterior caiu 32% no último trimestre de 2014, em comparação com o mesmo período de 2013, segundo estudo da Global Blue.
A desvalorização do rublo entre 40% e 50% em relação às moedas dos principais destinos, com destaque para o euro, foi determinante para o desempenho negativo, segundo a empresa, que presta serviços de devolução de tributos pagos por estrangeiros.
O colapso no preço do petróleo no segundo semestre do ano também contribuiu para problemas estruturais na economia do país, fortemente dependente das exportações do óleo.
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A Finlândia, cujo turismo de compras é basicamente composto por viajantes russos, teve uma baixa de 49% nas vendas livres de taxas em decorrência da crise.
Itália e Alemanha retraíram 1%, também afetadas pelo menor consumo da Rússia.
A queda de 4% em Cingapura, por sua vez, foi reflexo da redução de gastos dos turistas indonésios, que, assim como os russos, passaram por um enfraquecimento em sua moeda, a rupia indonésia, de acordo com a companhia.
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Valor... A corretora TOV vai atuar com um novo segmento, focado em grandes bancos, institutos de previdência e ativos e clientes com investimento superiores a R$ 1 milhão. A área será comandada pelo diretor Pedro Paulo Afonso.
...assegurado Para atender ao novo público, a empresa inaugurou uma unidade ao lado do shopping JK Iguatemi, em São Paulo. A TOV trabalha também com serviços de câmbio, mercado de capitais, seguros e viagens.
Bloco... A CNI (Confederação Nacional da Indústria) reunirá os principais líderes empresariais de Brasil, Rússia Índia, China e África do Sul no Fórum Empresarial dos Brics, que ocorre entre os dias 9 e 10 deste mês, em Brasília.
...empresarial Presidido por José Rubens de La Rosa, CEO da companhia gaúcha Marcopolo, o encontro vai pedir rapidez na criação do banco próprio e o fim do visto para executivos em viagens entre os países do bloco.
Pano... As vendas paulistas do comércio atacadista de tecidos caíram 25,5% em janeiro deste ano, em comparação com dezembro de 2014, segundo o Sindicato do Comércio Atacadista de Tecidos, Vestuários e Armarinho do Estado.
...quente Além da sazonalidade, o resultado reflete a economia fraca, com consumidores e empresas com o pé no freio, segundo a entidade. Em dezembro, as vendas do setor haviam avançado 2,5% e fechado o ano com alta de 1,2%.
com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA