Folha de S. Paulo


Operadoras gastam mais do que lucram, diz entidade

A receita das operadoras de planos de saúde no país chegou a R$ 11,2 bilhões no terceiro trimestre do ano passado –alta de 16,8% na comparação com o mesmo período de 2012–, segundo dados da FenaSaúde, entidade que representa o setor.

O volume é mais baixo que o total de R$ 11,3 bilhões gasto com despesas. Do lado dos custos, os gastos assistenciais são os que mais têm crescido. No mesmo período, registraram elevação de 18,9% e somaram R$ 9,6 bilhões.

As despesas totais, que incluem as administrativas e os impostos, avançaram 15,3%.

"As internações e os custos decorrentes delas, como medicamentos, materiais, órteses e próteses, é que puxam as despesas para cima", afirma José Cechin, diretor-executivo da entidade.

Editoria de Arte/Folhapress

"Essa alta nos gastos não vem de agora e é uma tendência em todo o mundo. A incorporação de tecnologia é o principal impulsionador dos preços", diz.

"O número de exames pedidos por consultas também elevou as despesas das operadoras", acrescenta.

Os preços não são repassados em sua totalidade devido às negociações com as empresas consumidoras –os planos corporativos correspondem a 75% do mercado. No caso dos planos individuais, o governo controla a alta dos valores.

No acumulado dos nove primeiros meses de 2013, a receita foi de R$ 31, 6 bilhões, o que significa uma expansão de 14%. As despesas ficaram próximas, em R$ 30,9 bilhões, com um crescimento de 13,6%.

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Potencial hoteleiro

Atento ao potencial gerado com a ampliação do aeroporto de Viracopos, em Campinas, o grupo paulista Royal Palm construirá um hotel em Indaiatuba (a 98 km de São Paulo), com um aporte de R$ 65 milhões.

O empreendimento terá 15 mil metros quadrados de área construída e 190 apartamentos, sendo 180 de 24,5 m² e 10 suítes de 50 m².

O hotel será de quatro estrelas e deverá ser inaugurado em 2016.

A maior parte dos recursos virá da própria Royal Palm e da incorporadora Cariba Empreendimentos.

O restante, deverá ser captado com investidores pulverizados.

O grupo possui três hotéis e um resort, todos em Campinas. Também aguarda licenças para construir um centro de convenções.

"Temos negociações em outras cidades e não descartamos um empreendimento mais distante", afirma Antonio Dias, diretor-executivo da empresa.

R$ 122,4 milhões
foi o faturamento do grupo em 2013

R$ 137,1 milhões
é a previsão de receita deste ano, alta de 12%

4
são as unidades do grupo

662
é o total de quartos que a empresa possui em Campinas

831
número atual de funcionários

Karime Xavier/Folhapress
Antonio Dias, diretor-executivo da rede de hotéis e resort
Antonio Dias, diretor-executivo da rede de hotéis e resort

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10% do FGTS

A CNI e outras entidades empresariais se mobilizam para reivindicar à Câmara dos Deputados a aprovação do projeto que põe fim ao tributo de 10% sobre depósitos do FGTS, em casos de demissão sem justa causa.

A extinção do tributo é uma bandeira da Agenda Legislativa da Indústria 2014, que será lançada hoje.

"É um problema de justiça tributária porque o prazo já acabou e é uma barreira ao aumento de investimentos e inovação", diz Mônica Messenberg, diretora da entidade. "Como explicar isso a um investidor estrangeiro?"

A contribuição adicional foi criada em 2001, depois de de um acordo entre governo, empresários e trabalhadores para cobrir o rombo causado pelos expurgos inflacionários dos planos Verão e Collor I.

A multa rescisória, incidente sobre o valor do FGTS na conta do trabalhador, passou de 40% para 50%.

A contribuição deveria ser temporária e vigorar até que a dívida com o Tesouro fosse quitada, o que já ocorreu.

"Esse recurso tinha uma destinação específica. Se está compondo o superavit, é irregular. E se for para o programa Minha Casa Minha Vida, como quer o governo federal, também será."

R$ 3,6 bilhões
foi o impacto financeiro do tributo sobre as empresas em todo o ano de 2013

R$ 301,8 milhões
foi o valor arrecadado em janeiro deste ano

11%
foi o crescimento de arrecadação em relação ao mesmo período do ano passado

Fonte: CNI

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Novo ponto paulista

O grupo gaúcho Zaffari, quinta maior rede de supermercados do país, vai instalar mais um supermercado em São Paulo, no shopping Morumbi Town.

Atualmente, a empresa tem uma unidade em operação na capital paulista, no shopping Bourbon, empreendimento que também pertence à companhia.

O novo projeto será desenvolvido em parceria com a Gazit Brasil, subsidiária da multinacional Gazit-Globe, especializada em desenvolver e administrar shoppings ancorados por supermercados.

A nova unidade do Zaffari deverá ser inaugurada com a abertura do Morumbi Town, prevista para o primeiro trimestre de 2016. O shopping terá 35 mil metros quadrados de ABL (área bruta locável).

O grupo gaúcho está em São Paulo desde 2008 e não comenta a possibilidade de entrar em outros Estados.

Com faturamento de cerca de R$ 3,3 bilhões em 2012, a companhia fica atrás do Grupo Pão de Açúcar, do Carrefour, do Walmart e do Cencosud, de acordo com o ranking da Abras (Associação Brasileira de Supermercados).

A Gazit-Globe, listada nas Bolsas de Nova York, Toronto e Tel Aviv, tem lucro bruto anual de US$ 1,9 bilhão.

30
são os supermercados da rede Zaffari. Com exceção de uma unidade em São Paulo, todos ficam no Rio Grande do Sul

7
é o número de shoppings da companhia gaúcha

9.551
são os funcionários da empresa, segundo último ranking da Abras

R$ 3,3 bilhões
foi o faturamento da rede em 2012

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Investimento na Copa

Apesar de confiante quanto aos resultados positivos da Copa do Mundo para a economia brasileira, a maioria dos empresários não pretende fazer investimentos em razão do Mundial no país.

A conclusão é de um estudo da consultoria Grant Thornton realizado nas cidades que receberão os jogos.

Dos 300 executivos de médio porte ouvidos pela pesquisa, 61% acreditam que a economia do país deverá melhorar na Copa.

Pouco mais de 80%, entretanto, não pretendem ampliar os investimentos na empresa por causa dos jogos no país.

"As empresas médias não foram tão influenciadas pela realização dos jogos no país", afirma Madeleine Blankenstein, sócia da Grant Thornton.

"A maior parte dos investimentos foi feita por grandes empresas, em infraestrutura, ou por microempresas do setor de serviços."

editoria de arte/folhapress

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Petróleo... Somente 7% dos americanos ouvidos pela consultoria britânica Ipsos disseram ter muito conhecimento sobre a produção de petróleo dos Estados Unidos. A maioria dos entrevistados (46%) afirmou saber pouco.

...americano Questionados sobre qual o melhor destino para o ouro negro, 77% defenderam o uso por consumidores norte-americanos para reduzir o preço do combustível no país e 13% apoiaram a exportação para fortalecer a economia.

com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e REINALDO CHAVES


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