Folha de S. Paulo


Perto do fim do prazo, portos instalam scanners

A menos de cinco meses do fim do prazo para instalação de scanners de contêineres em terminais alfandegados, a compra de equipamentos por portos brasileiros movimenta o segmento.

A inglesa Smiths Detection, que fabrica as máquinas, afirma que só o setor de portos deve gerar US$ 100 milhões (cerca de R$ 230 milhões) para a companhia no Brasil.

"É o maior volume de negócios do grupo nessa área em todo o mundo", diz o CEO da empresa, Danilo Dias.

O prazo, definido em lei federal, venceria no fim de 2012, mas foi prorrogado e expira no dia 31 de dezembro.

O objetivo é melhorar a inspeção das cargas. Os aparelhos importados permitem vistoriar os compartimentos sem abertura e em movimento.

A Receita Federal informou que monitora a colocação das máquinas nos portos.

A Abratec, que representa operadoras de contêineres dos terminais portuários, diz que seis de suas 13 associadas já usam os scanners.

Os outros sete locais (não citados nominalmente) compraram os equipamentos e devem colocá-los em funcionamento até dezembro.

Nesta semana, o porto de Chibatão, em Manaus, inaugurou um scanner de cerca de R$ 11,5 milhões.

"A fiscalização, que levava até três dias, passará a ser feita em apenas 20 segundos", diz o gestor do terminal amazonense, Jhony Fidelis.

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São Paulo terá mais 17 áreas para cultivo de peixes

Além das 14 áreas já divulgadas na semana passada, o Ministério da Pesca e Aquicultura abre hoje uma concorrência para a cessão onerosa (locação) de outros 17 locais de criação de pescados no Estado de São Paulo.

Editoria de Arte/Folhapress

As áreas somam 29,2 hectares, com a produção de 9 mil toneladas por ano. Do total, 14 ficam em reservatórios e 3 estão em enseadas e praias.

A seleção dos locais é feita por demanda espontânea, de acordo com Maria Fernanda Nince Ferreira, secretária de Planejamento e Ordenamento da Aquicultura.

"O próprio interessado identifica a área como propícia para cultivo e apresenta o pedido ao ministério. Como é água da União, é necessário fazer uma licitação."

Cada espaço tem um valor mínimo para o lance inicial, que depende do tamanho e da capacidade de produção. No edital lançado hoje, o valor mais baixo é de R$ 713,20.

Os locais licitados têm anuência prévia do Ibama, o que deve desburocratizar o processo, diz a secretária.

"Queremos movimentar a economia do país com o aumento da produção de pescados. Por isso, esperamos que a ação não seja demorada."

A cessão de uso é de 20 anos, prorrogável pelo mesmo período de tempo.

Editais semelhantes já foram lançados em Goiás, Paraná, Bahia e Pernambuco.

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Torres novas

A Atua Construtora, joint venture entre a Yuny Incorporadora e a empresa Econ, vai lançar um empreendimento residencial com 16 torres e que recebeu investimento de R$ 40 milhões.

Construído em um terreno de 57 mil m², na zona leste de São Paulo, o projeto terá oito condomínios com 2.312 apartamentos.

O potencial de vendas é de R$ 575 milhões, o maior da companhia.

"O bairro de Vila Prudente foi uma escolha estratégica porque há um deficit habitacional ali", diz Marcos Yunes, presidente da Yuny.

Karime Xavier/Folhapress
Marcos Yunes, presidente da Yuny
Marcos Yunes, presidente da Yuny

Criada em 2007 para atuar no segmento econômico, a Atua tem sete empreendimentos entregues no Estado, oito em construção e mais três em fase de lançamento em Itaquera, Saúde e Taboão da Serra.

O faturamento da Atua em 2012 foi de R$ 147 milhões. Para este ano, a expectativa é fechar em R$ 250 milhões.

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Mercado de carbono

A Santo Antônio Energia, responsável pela Usina Santo Antônio, no rio Madeira (RO), recebeu certificação da ONU (Organização das Nações Unidas) para vender créditos de carbono.

A companhia diz que pretende faturar aproximadamente R$ 100 milhões com a negociação de 40 milhões de créditos, a serem comprados por países desenvolvidos com metas de corte de emissões.

Para obter a aprovação do MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo), a empresa argumentou que o processo produtivo evita o lançamento de gás carbônico.

"Temos a favor do nosso empreendimento uma grande quantidade de tecnologia. A barragem é a fio d'água, com área alagada muito pequena", diz Luiz Pereira de Araujo Filho, do grupo.

Ativa desde 2012, a hidrelétrica tem hoje 14 de suas 44 turbinas em funcionamento.

A estimativa é que até o segundo semestre de 2014 a usina atinja sua capacidade total, com energia gerada equivalente para abastecer cerca de 40 milhões de pessoas.

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Voo baixo na construção

O nível de emprego na construção civil brasileira no primeiro semestre deste ano registrou desaceleração em comparação com o mesmo período de 2012, constatou o SindusCon-SP (sindicato paulista do setor).

Houve um avanço de apenas 3,43%, com a abertura de 115,7 mil vagas, ante 6,9% de janeiro a junho de 2012, quando foram criados 193,4 mil novos postos de trabalho.

"O setor desacelerou, mas isso não é nenhuma situação ruim porque o nível de atividade continua alto", diz o presidente do sindicato, Sergio Watanabe.

Editoria de Arte/Folhapress

Em junho, o indicador de emprego subiu 0,09% em relação ao mês anterior, com a contratação de 3.113 trabalhadores. Em maio, o índice ficou negativo.

"O momento é de estabilização depois de um processo de desaceleração, que vinha desde 2011", diz Watanabe.

Até o final do primeiro semestre, o setor empregava 3,5 milhões de trabalhadores em todo país. A maior concentração estava na região Sudeste, com 1,8 milhão.

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Negócios da Copa

A venda de artesanato para turistas brasileiros e do exterior atingiu R$ 2,7 milhões durante a Copa das Confederações, de acordo com levantamento do Sebrae.

Foram montados showrooms em cinco cidades que receberam os jogos -Belo Horizonte, Rio, Brasília, Fortaleza e Salvador.

A capital baiana e o Rio foram as cidades com mais vendas, somando R$ 400 mil em negócios fechados.

A iniciativa será repetida durante a Copa."Para 2014, vamos aprimorar o modelo do projeto", diz Luiz Barretto, presidente do Sebrae.

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Lançamento

Com mais de 40 anos de experiência em seguradoras no Brasil e no exterior, Acácio Queiroz, CEO da Chubb, vai lançar o livro "Minhas Bagagens".

Na obra, Queiroz, que começou a trabalhar aos 11 anos, relata sua trajetória e aborda temas que vão de liderança a motivação.

O livro traça um retrato da recente história do mercado de seguros no país.

"Sempre acreditei no setor, mesmo quando muitos achavam que ele era marginal. Hoje ele representa 6% do PIB", diz.

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Design... O grupo Viszla abre sua primeira loja na capital paulista. A empresa vai representar a italiana Seletti, do segmento de design de móveis.

...italiano Outra marca da Itália representada pelo grupo é a Abici, que fabrica bicicletas com estilo vintage.

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Intercâmbio... A rede CI, especializada em intercâmbios, lançou um plano de expansão para chegar a 100 lojas até 2015. Hoje são 71 unidades.

...em expansão As próximas serão abertas em São Paulo e Franca. A marca faturou R$ 220 milhões em 2012 e cresceu 25% no primeiro semestre.

Charge internacional: Universal Uclick

com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e CLARA VELASCO


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