O governo do Espírito Santo acaba de lançar o edital internacional para sua primeira PPP (parceria público-privada) na área de saneamento.
O investimento previsto é de R$ 409 milhões nos primeiros oito anos de contrato, de acordo com Neivaldo Bragato, diretor-presidente da Cesan (estatal que coordena a concorrência).
A empresa ou o consórcio vencedor deverá ampliar e administrar o sistema de coleta e tratamento de dejetos do município de Serra, o segundo mais populoso do Estado, pelo prazo de 30 anos.
Atualmente, cerca de 60% dos efluentes gerados na cidade são tratados. A concessionária terá de construir oito novas estações.
"A meta é coletar e tratar 95% do esgoto no prazo de oito anos", afirma Bragato.
Parte da remuneração da empresa virá de contraprestação paga pelo Estado e o restante da tarifa de esgoto.
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A definição do grupo que vai operar o sistema deve sair em 29 de agosto, em sessão pública na BM&F Bovespa.
A participação do setor privado na operação de serviços de água e esgoto tem apresentado crescimento no país, de acordo com dados da Abcon (associação brasileira das concessionárias).
No ano passado, foram assinados 12 contratos desse tipo no Brasil, sendo dois deles por meio de PPPs.
Os investimentos da iniciativa privada em saneamento totalizaram R$ 764 milhões em 2012 e devem superar os R$ 850 milhões neste ano.
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Dentro da mina
A Toniolo, Busnello, empresa de construção pesada com sede no Rio Grande do Sul, está investindo R$ 30 milhões em equipamentos para um projeto de mineração que irá executar no interior da Bahia.
Foram importados 30 caminhões extrapesados e sete escavadeiras de grande porte. A companhia, além de trabalhar com pavimentação e construção de túneis, faz escavação em minas e transporte do produto extraído.
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Hoje, esse segmento é responsável por 60% do faturamento da Toniolo, Busnello.
"Desde 2004, quando as licitações ficaram mais lentas, focamos no setor privado", afirma Humberto César Busnello, sócio da empresa e presidente do conselho de administração.
"Com isso, acabamos entrando na mineração e nas obras de PCHs [pequena centrais hidrelétricas]. "
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A arte de falar bem
Palestrantes e instrutores de comunicação dão dicas de como se apresentar melhor
Reinaldo Polito, professor de expressão verbal
Além de volume de voz adequado e bom ritmo, Polito aconselha que o vocabulário da apresentação seja adaptado ao público.
"Se for palestra de advogado para outros advogados, tudo bem usar termos em latim. Se for para pessoas de outra área de atuação, porém, é bom mudar", diz.
O professor acredita que, quanto mais natural e espontânea a pessoa se mostrar, mais eficiente vai ser a comunicação com os outros.
"É importante demonstrar paixão e interesse pelo assunto, pois, na cabeça do ouvinte, alguém que parece desconfortável não tem domínio e perde a credibilidade."
Fernando Pereira de Jesus, diretor e instrutor do Instituto Fale Bem
O planejamento é essencial para a eficiência de uma palestra, segundo ele. A fala deve ter introdução, desenvolvimento e conclusão bem elaborados."O ensaio é importante para que a pessoa se sinta confiante", diz.
Deve-se evitar vícios de linguagem e assumir postura corporal adequada.
Andréa Duque, sócia da Apresentadores Associados
É necessário ter consciência das suas características pessoais, aconselha. "Não adianta ser uma pessoa calma e usar um modelo muito ágil de se apresentar. Cada um tem sua dinâmica."
Duque diz que é importante montar um roteiro, selecionando metodologias e formas de acolher o público.
Iran Moreira Necho, advogado e professor de oratória
A confiança em excesso atrapalha a comunicação, segundo Necho. "Não adianta se sentir superior e não fechar contrato. É essencial ouvir e entender bem as questões dos outros."
O tom autoritário deve ser evitado. "O ideal é persuadir seu interlocutor, e não apenas mandar".
com LUCIANA DYNIEWICZ, FELIPE LUCHETE e LEANDRO MARTINS