Os sacos de lixo fabricados com o material aproveitado das duas centrais mecanizadas da cidade começaram a ser distribuídos de porta em porta, num projeto piloto nos subdistritos da Capela do Socorro e da Lapa, em São Paulo.
Eles trazem informações sobre separação e reciclagem de resíduos e sua chegada às casas da cidade é o fechamento de um círculo importante. Os recicláveis que são separados pela população são coletados pela Prefeitura e levados para as centrais mecanizadas. São separados de novo, enfardados em vendidos para as empresas recicladoras. Os plásticos viram novos sacos plásticos, que são adquiridos pela Prefeitura e distribuídos para que os moradores acondicionem neles os resíduos recicláveis.
Mas não é só o retorno que importa nessa operação. O que pode fazer diferença também é que, desde 10 de dezembro, sozinhos ou em duplas, agentes treinados visitam os moradores dessas regiões para entregar os sacos e usam esse tempo para conversar sobre o papel fundamental que as pessoas podem desempenhar na separação dos resíduos.
A iniciativa pretende atingir 250 mil moradores, nos bairros de Cidade Dutra, Grajaú, Socorro, Barra Funda, Perdizes, Jaguara, Jaguaré e Vila Leopoldina, e vai até a primeira quinzena de janeiro de 2015. Os organizadores querem ampliar o projeto para toda a cidade.
Os agentes são catadores de materiais recicláveis capacitados pelo Instituto Ecoar.
Eles explicam quais materiais podem ser aproveitados, que cuidados que cada um deve ter com resíduos especiais, quais são os dias da coleta seletiva e distribuem os sacos de 100 litros para recicláveis secos: papel, plástico, vidro e latas, principalmente. Nos sacos, há mais instruções sobre separação e coleta seletiva.
Os agentes recebem diárias pagas pelo Fundo Paulistano de Reciclagem, composto pelos recursos da comercialização dos resíduos das duas centrais mecanizadas inauguradas este ano na cidade. O Fundo é administrado pelo Conselho Gestor, órgão formado por representantes de cooperativas, ONGs, instituições de ensino superior e integrantes do governo municipal.
O projeto é promovido pelo Fundo Paulistano da Coleta Seletiva e Logística Reversa, com o apoio da prefeitura de São Paulo, da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb) e de empresas concessionárias do serviço de limpeza urbana.